É fato que não é facil aprender um novo idioma, independente se ele for mandarim ou português de Portugal. A maioria dos estudantes termina o ensino médio com minimas noções de inglês, e não são minimas do tipo “ei táxi leve-me até a terceira com a décima, antes do meio dia” e sim como “esta é uma caneta” ou “o livro está sobre a mesa”. Em outros tempos isso talvez não fosse grande problema, ainda hoje não é um problema colossal, mas a geração internet vivenciada em profundidade pelas gerações Y e Z consome,cria e replica informação na mesma velocidade em que mudamos os canais da tv buscando algo interessante, essas gerações já fazem o mesmo na internet com o plus de não somente olhar e decidir se aquilo é bom ou não, mas de entrar em contato com o produtor e criticar a obra, de rever e reformular a obra (um bom exemplo disso são os memes, uma cena ou uma expressão X termina no facebook como base para todo o tipo de piadas e críticas), ou simplesmente dizer “ok, posso fazer algo melhor do que isso”, me lembra a geração norte americana que teve fácil acesso as câmeras com super-8, até mesmo no Brasil houve quem se beneficiou nesta época. O passado foi muito interessante, você lia, assitia ou ouvia algo e compartilhava com os seus amigos da rua, do bairo ou mesmo da cidade se essa não fosse muito grande, agora pense que o bairro das gerações mais novas chama-se internet e que aquele amigão que era o seu vizinho da frente pode ser outra pessoa mais nova ou mais velha e que mora em qualquer lugar (absolutamente qualquer lugar).
“OK mas e daí? Vou aprender inglês para fazer novos amigos na internet?”, não e também. Não porque para fazer amigos basta sorrir e segurar um copo, também porque você poderia segurar esse copo em Paris, Londres ou logo após a Ponte da Amizade naquele dia em que a sua família decide ir ao Paraguai depois de anos para gastar o dinheiro que vocês tem e também aquele que vocês não tem.
Fatos interessantes, os taxistas em teoria não precisam de muito mais do que alguma habilidade em guiar um veiculo para fazer dinheiro certo? E se por acaso já estivéssemos na época da copa e os estrangeiros quisessem voltar para o hotel e não lembrassem o endereço? “Ah, eles vão ter o iPhone XXX com mapas para chegar lá”, jura? Com a internet que temos no Brasil e com a quantidade de gente que pode vir pra cá? Talvez não, eu trabalho com celulares e pra meu azar tenho 2 chips da Movistar (Telefônica da Espanha) que não funcionam nem com reza brava, e tanto a Vivo quanto a Movistar juram que está tudo certo com as configurações e redes. “Ah mas eu posso ter um smartphone com tradutor”, sim é verdade e todos sabemos como o tradutor do Google ou qualquer outro são perfeitos e sempre traduzem tudo como deve ser entendido, o taxista que confiar no Google perde a chance de fidelizar o cliente por causa da margem de erro do aplicativo e da falta de personalização do serviço.
“Ah mas eu não sou nem nunca serei taxista”, tudo bem mas se por acaso você trabalha com tele-atendimento, programação, matemática, produção de eventos, entre mais alguns você poderia muito bem usar outro idioma na sua vida. “Matemática?”, sim matemática, eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós odiamos, vós odiais e todos eles odeiam. A falta de pessoas com domino em matemática e muitas outras áreas que dependem de exatas cria uma necessidade do mercado contratar profissionais do exterior, você poderia um belo dia ser um profissional bem pago, nacional, tratando diretamente com o cliente no exterior.
“Ah eu não quero saber dessa merda, eu não preciso de nada disso para ser feliz”, meus parabéns, você talvez ouça musicas que não entende, jogue no computador ou videogame e apenas memorize o que faz cada opção, espere lançar aquele novo livro XYZ por quase um ano além de ter a chance de ler uma tradução na internet muito porca antes da publicação oficial ou comece a bater a cabeça no teclado toda a vez que entra em um link para um site que não está em português ou encontre um vídeo interessante no youtube mas não tenha idéia do que esta sendo dito por não ter legenda.
Esses são alguns dos meus modos de passar o tempo, e fico frustrado quando qualquer uma dessas coisas acontece comigo. Não sou fluente em nenhum idioma, tenho um espanhol de brasileiro (sei entender se eles falam numa velocidade aceitável, mas sempre tenho duvida se falei a coisa certa ou não), meus inglês é quase útil (eu consigo ler quase qualquer coisa e se houverem 4 palavras que eu nunca vi na minha vida pelo menos tenho ideia do que está escrito, consigo entender poucas musicas decentemente, filmes da Disney ok, músicas do 2PAC ainda não), italiano o mesmo do espanhol, francês não tenho coragem de arriscar usa-lo para nada.
Invariavelmente estou pensando seriamente em aprender qualquer coisa em japonês simplesmente porque tenho um PSP e 98% dos jogos que vão sair estarão apenas em japonês, se eu fosse riquinho e tivesse um 3DS não reclamaria mas esse não é o caso. “Ah você fez esse discurso todo por causa de joguinho?”, também, trabalho na próximo a estação Berrini em São paulo e onde costumo almoçar, almoçam também alguns chineses que falam apenas em mandarim, não acredito que eles tenham muitos brasileiros na empresa que também falam esse idioma. Fui à Avenida Paulista recentemente e o vendedor de quem comprei um gadget ficava muito a vontade falando seu idioma natal que com certeza era do oriente médio, eu perdi 2 chances, a de conseguir um desconto melhor e a de fazer um novo contato com facilidade.
E o centro de são paulo é sempre uma festa, sempre haverão italianos, coreanos, marroquinos, japoneses e muitos mais, se eu dominasse esses idiomas poderia enxergar a fechadura de outras portas para novas possibilidades.
Algumas coisas ainda parecem ser invenções trazidas do espaço ou simplesmente algo que não tem espaço no mundo de hoje, mas algo tem me incomodado, na verdade desde que eu assisti os dois filmes do Homem-Aranha nas ultimas semanas. No passado o personagem Peter Parker era um estudante de ciências que em diversos momentos envolvia-se com questões referentes a mutação de DNA, alterações químicas e experimentos de física que culminavam em dispositivos de destruição em massa, alem de ser fotografo de si mesmo como Homem-Aranha. O fotografo permanece até hoje, mas o estudante de ciências perdeu muito espaço nas ultimas duas décadas, em certo momento houve um Homem-Aranha web designer. Tá e daí?
Esses HQs são focados no público jovem, adolescentes e jovens adultos, e simplesmente só comprova o que vemos a cada dia, antes do advento dos computadores e da internet para to0dos, todos pensavam em invenções como maquinas mirabolantes que faziam coisas, porém no mundo real atual os nerds mais agressive que conheço são programadores, eles nem mesmo tem noções de eletrônica para concertar ou talvez modificar o hardware de seus próprios computadores. Diariamente vemos noticias de pessoa que ficam ricas criando aplicativos para web ou iPhone, mas espere um momento, todas essas soluções ou metade delas foram criadas para problemas da ultima década, ou do ultimo ano, ou n0s casos de maior sucessos simplesmente criaram uma nova necessidade.
Mas e quanto ao que já existia? Temos por exemplo a dessalinização que é algo necessário em muitos lugares do mundo, ou por não ter água nenhuma ou por não ter agua doce em quantidade para todos. “Ah mas isso é apenas para gênios”, não necessáriamente, eu não garanto que qualquer um vai poder criar uma maquina de dessalinização, conversão de CO2 emH2O na garagem de casa…ok, muito provavelmente não dará certo, mas não pela falta de potencial e sim pela falta de casas com garagem que temos atualmente.
Falta um pensamento sobre o que falta para o coletivo,digamos, um grupo x desenvolveu uma solução simples para qu pessoas que moram no interior e tenham dificuldade de locomoção possam encontrar outras pessoas que fazem o mesmo percurso e não se incomodariam de dividir o banco e o valor do combustível. Existem milhares de questões adversas quanto a honestidade, do motorista ou passageiro, claro que sim, mas é algo simples e criado por um pequeno grupo de pessoas que não começaram a pensar em um uma forma de transporte massiva que demoraria dezenas de anos e custaria milhares de reais para ser concluída, por mais que a segunda opção seja mais interessante quando pensamos no todo é interessante perceber que ainda existem pessoas que não pensam em criar,usar,programar,modelar e arquitetar algo mais complexo e mais caro pela simples necessidade de se desafiar e fazer mais dinheiro, todos precisamos de dinheiro e todos precisamos de soluções, então porque ter mais trabalho no segundo quando o primeiro parece muitas vezes estar esquecido?
Outra coisa interessante, é o conhecimento cruzado, “como assim?”, a possibilidade de alguém ter conhecimentos que sejam totalmente uteis e funcionais na sua área de atuação, mas também em uma área diversa. Normalmente pessoas que convivem sempre nos mesmos ambiente com as mesmas pessoas tendem a ter as mesmas idéias, se estou errado diga para mim a quantidade de coisas variadas e inusitadas que você costuma fazer com um amigo x em um ano, e como essas coisas são se não muito parecidas as mesmas ao longo de cinco ou dez anos. Steve Jobs criou o universo em torno da Apple baseado em design e usabilidade, e isso se dá a principio porque ele teve no curso voltado ao informática uma matéria de caligrafia, “que merda quem teria uma única matéria apenas para caligrafia? Que coisa mais estúpida”, não discordo totalmente, mas a assimilação entre a micro-computação e a caligrafia deu a Jobs os primeiros conceitos de design e usabilidade que hoje fazem a Apple faturar bilhões mundo afora. Talvez falte um pouco de ambição e desapego por aí, fico imaginando o que aconteceria se muitos físicos estudassem literatura clássica oriental e muitos jornalistas estudassem matemática discreta…
Eu só queria ser aceito como eu sou e reconhecido pelo que eu sou.
Mas por quem? E por que?
Talvez um sonho de verão em que os desenhos da minha infância sempre mostravam que não importa quem você fosse ou como você fosse sempre haveria um amigo próximo pra te apoiar. Será?
eu acredito que passei muito tempo tentando manter o equilíbrio para dar apoio à outras pessoas…Talvez eu não goste mesmo disso, mas eu me acostumei com isso. De vez em quando é divertido ver como todo mundo tem problemas que parecem insolucionáveis para essas pessoas mas que para você parecem bobos, e talvez você já tenha resolvido alguns deles em sua própria vida. Mas em algum lugar depois dali, quando você encontrar um problema que você não tenha visto, ou que seus amigos não tenham passado, você terá sucesso? Alguma chance de sucesso? Alguma chance de tentar e pensar em ter sucesso?
Talvez sim…e talvez não. Fracassados tem por natureza muitos problemas para manter o sucesso sob sua guarda, pessoas de que insistem em nunca tornarem-se fracassadas são como patricinhas nojentas, não podem nem ouvir falar de fracasso que saem correndo desvairadamente, eu ainda corro loucamente, desde que despertei pra vida, até agora. Eu saí de um lugar em que eu tinha certeza que tudo estava sob controle (nem havia muito pra controlar afinal), e passei a participar desse mundo louco. E é divertido como todos os dias eu saio como a maioria com as minhas armas de guerra simplesmente pensando em voltar, não quero morrer e nem tenho coragem de vencer, eu só preciso do meu tempo para curtir as minhas coisas
Por que eu tenho lutado? Por quem eu tenho lutado?
Desde o início da internet, e até mesmo muito tempo antes disso podemos escolher entre ler, assistir e ouvir apenas o que gostamos, ou aquilo que nos interessa ou permitir que a mídia ou pessoas do nosso circulo insiram algo mais em nossos hábitos.
Há alguns anos atrás costumávamos usar muito a palavra alienado, se não para falar sobre uma pessoa que passava passava tempo demais em frente a tv, absorvendo apenas as informações vidas dela, ou alguém que tinha uma opinião ou visão inflexivel sobre a vida,ou mesmo um perfil inflexivel que afunilava toda e qualquer informação que pudesse chegar até esta pessoa, tornando-a não apenas seletiva mas normalmente fechada quanto a todo o resto.
A internet tem me mostrado que a cada dia, mais e mais pessoas tem aderido ao segundo modelo de alienação, muitas vezes não por terem uma visão refinada do mundo (muito provavelmente essa tal visão nem exista), mas porque a maioria senão todas as mídias que herdamos dos séculos anteriores não estão mais nos suprindo com informações relevantes ou matérias bem elaboradas, isso não vale para todas as rádios, emissoras de tv ou mesmo revistas, mas em sido comum demais ouvir pessoas que conheço ou que nem mesmo conheço que usam a tv apenas para ver a novela das nove ou o jornal que a precede. Isso é ruim? De forma alguma, isso só mostra o quanto temos desenvolvido em senso crítico nos ultimos anos, porém o buraco é um pouco mais embaixo.
Se por um lado estamos bloqueando boa parte do lixo que a mídia tenta empurrar para nós dia-a-dia, passamos a viver imersos em nossos próprios microversos. No século passado, era muito difícil encontrar pessoas que tivessem amor pelas mesmas coisas que nós. Filmes antigos, animês, games, culinária arábe, autoramas, diesel punk, animais de pelúcia e qualquer outra coisa que na visão geral possa ser pouco comum, porém hoje muitas pessoas passaram para ou outro extremo, quando digo muitas pessoas acabo me referindo as gerações que viram apenas o final do ultimo século, ou talvez nem mesmo isso, mas esses “muitos jovens” não tem mais a obrigação de interagir realmente para fazer novas amizades e descobrir novos interesses com aquela garota que vive no outro lado da rua mas parece estar à galáxias de distancia então simplesmente continua com suas páginas e seus grupos, seus amigos conhecidos ou desconhecidos e seus hábitos pouco comuns.
Sim isso é ótimo, não vou atravessar a rua para tentar assuntar com a vizinha noveleira, cedo ou tarde vou encontrar uma garota legal que goste das mesmas coisa que eu, que viva com eu, que pense como eu e que morrerá como eu.
Percebeu? A vizinha com certeza tem internet, e você bem provavelmente ainda vê TV, mas o abismo entre vocês só aumentou. Dependendo da década em que você viveria no século passado, você teria uma pequena chance de continuar aí preso com seus hábitos para sempre, em algum momento a sociedade/trabalho/família/romance te faria sair daí, e você decidiria se seria exatamente igual a eles, parecido com eles, diferente deles ou os mudaria. A cada segundo as ultimas opções tornam-se mais improváveis, você não vai muda-los porque eles não farão parte da sua vida pessoal e talvez você não seja diferente deles afinal, você continua com sua vida, mas a partir de agora como você não está mais sozinho eles que são estranhos, eles que estão errados. Eles que não sabem de nada, sobre o game do ano no metacritic, ou do filme mais cotado no imdb, nem do animê do ano, nem do livro mais interessante, agora quem é o alienado cara pálida?
O funk carioca nunca esteve tão certo e tão errado, a pura putaria não vai tornar ninguém melhor, e dificilmente tornaria qualquer um pior do que já é.
Esse aqui em cima são alguns momentos ridículos da tv no youtube, mas por algum motivo a tv tem feito o oposto já há um certo tempo. Principalmente os programas de domingo tem tentnado chamar a atenção da audiiencia que visita regularmente o youtube fazendo compilações de vuideos disponiveis no site, mas engraçadamente ninguém pode colocar programas da tv no youtube devicdo aos direitos autorais. No momento em que estamos os grandes nomes ou grupos existentes estão tendo pequenas dificuldades em manter o seu publico, desde bandas grandes que deixam de ser ouvidas ppor algumas semaans devido ao sucesso de um novo artista, ou mesmo uma grande rede que perde muitos pontos de audiencia porque seus programas em alguns dias e horários são e sempre foram uma merda, mas agora o publico tem a opção de outras formas de entretenimento visual diretamente na internet, como poe exemplo netflix ou Crackle.
É como se um monstro estivesse destruindo outro, e nesse ponto faço-me alguns questionamentos, até quando a tv vai existir como a conhecemos? No inicio da tv, tudo era baseado em teatro e programas de auditório, mas com o tempo o cinema muigrou para a tv, nos permitindo ter filmes, séries e animações nas nossas telas, e isto aconteceu há muito tempo. Até houve um momento em que a tv encontrou o radio na MTV mas é algo que não funcionava o tempo todo, mas o youtube é bem mais abrangente quado falamos de clipes musicais. Muito provavelmente a tv vai morder a internet ou a internet vai engolir a tv, nada menos que isso. A internet tem algo novo para todos os públicos a todo o momento, enquanto a tv está limitada à grade, a cultura recentemente foi parcialmente contra este modelo pois no seu canal digital existem 3 canais, um da grade comum, um segundo reservado à educação e programas produzidos por uma certa faculdade e o terceiro parece com uma grade espelho da cultura, muitos programas atuais, outros antigos, mas com uma formula mais mutável e agradável que a grade comum. Muito provavelmente a tv digital daria um novo folego à atual tv, se não fosse a restrição de que cada emissora pode ter apenas um canal digital (sim, a cultura não está nem aí ao que parece), caso não fosse essa limitação, pense que cada emissora poderia ter 4 canais simultâneos para transmitir programas com focos e públicos diferentes. Mas enquanto isso não acontece, vamos continuar vendo o mesmo ex-gordo sem graça nos nossos finais de semana, porque é uma fórmula que ninguém que mexer.
Os introvertidos possivelmente seriam os maiores gênios da humanidade se não fossem o temor do comum. Não faz sentido? Eu sei, pensei nisso recentemente, revendo alguns casos com assassinos e/ou pessoas que foram consideradas totalmente perturbadas ou que estariam fora de si, passando pelo caso realengo, um assassino nacionalista que prega contra imigrantes na europa e uma mulher que vai à lojas de ferraria sem roupa, com exceção talvez do primeiro caso essas pessoas tinham total conciencia do que estavam fazendo e os psicólogos não conseguiram atestar que estavam loucos.
Agora voltando àos casos de assassinos, o matador de Realengo tornou-se um pária por mias de uma semana, pois midia, psicologos e governo precisavam justificar porque um jovem, pacato trabalhador entrou em uma escola com um unico motivo, matar. Lembro que na época ele tornou-se rapidamente conhecido por seus videos que tinham uma total conotação religiosa, como de alguém que tem uma missão, entretanto por algum motivo nenhum religião queria ter de justificar os atos do rapaz, concordando em unissom que o que ele havia feito “jamais” teria ligação com religião alguma, o engraçado é que esporadicamente somos apresentados à aluma noticia de algum grupo religioso extremista defendendo seu territorio e ideias com vidas, de si mesmos ou de outras pessoas.
Possivelmente u já havia escrito algo sobre isso aqui no fórum, mas a pelada na ferraria acabou trazendo o assunto de volta. Toda a vez que alguém age de forma “incomum” ou inusitada logo é condenado ou julgado por toda a sociedade, todos sabemos que alguém quase foi para a fogueira por dizer que a terra gira ao redor do sol, mas por algum motivo, na sociedade “evoluida” e desenvolvida em que vivemos, continuamos a caçar bruxas com tochas e pedaços de pau, não importa qual é a real culpa do acusado, mas sim que o mesmo é culpado.
No final das contas pode apenas ser uma senhora naturista, ou alguém precisando de atenção, mas ainda assim perseguimos todo e qualquer um que tenha um comportamento avesso à sociedade, e regularmente temos 2 comportamentos padrão, “junte-se ao rebanho” ou “fora daqui”, aí voltamos aos assassinos, talvez, disse apenas talvez, estejamos entrando em uma nova época de caça as bruxas, pois a cada momento a tecnologia nos distancia um pouco a mais uns dos outros, ainda nos acreditamos conectados, ainda mais do que nunca.
Mas essas pessoas continuam pensando por si só, em algum lugar, talvez elas devessem ser ouvidas ou entendidas, não interpretadas. Estamos criando anjos, demônios e monstros dia-a-dia, mas não sabemos aonde, talvez eu já seja um, ou mesmo você que me lê, seja um pouco diferente dos outros e esteja arriscada a fogueira. Seria muito interessante se aprendêssemos a aceitar as diversidades e tornarmo-nos conciliadores, não é necessário aceitar toda e qualquer extravagancia, mas saber da fonte de onde vem essa extravagancia, e se ela é tão insando quanto dizem, ou racional demais para que a maioria entenda.
Lendo uma reportagem interessantíssima com Robie Bach (gerente da divisão de entretenimento da Microsoft) sobre como foi para ele o desenvolvimento desde o Zune até o Xbox algo ficou muito bem definido, algo que é importante para qualquer pessoa, não importa o quanto uma idéia é boa ou quanto é gasto para que dê certo, é necessário trabalhar uma ideia ao máximo, até que as coisas comecem a dar certo.
Infelizmente para o Robie, as idéias dele dependem muito de algo que tem dos aparelhos(como o Zune ou Xbox), algo que demanda muita atenção tecnica e possvelmente pode carecer de uma visão do usuário, não é como um livro, uma revista, um programa de tv, ou um podcast/videocast, que você demanda uma certa atenção de um numero de pessoas ainda na casa de dois digitos para finalizar.
Robie começou com o Zune, que para quem não saber era um suposto concorrento do iPod em sua época dourada, naquela época a visão da coisa seria mais ou menos assim “poxa esses caras fizeram isso e deu certo, vamos fazer algo semelhante com a nessa marca e será melhor”, algo que não deu certo, e normalmente não dá certo, é absolutamente comum ter idéias que são fortemente influenciadas por outras idéias ou pessoas, mas o problema começa a surgir quando ainda é visivel que você está apenas envergando as idéias dos outros, quando não há nada seu ali, esse foi o principal motivo do Zune fracassar nauqela época, posteriormente ele recebeu algumas atualizações que o permitiriam que ele tivesse algum diferencial do concorrente sem parecer um produto inferior, mas aí a imagem do produto da Microsoft já havia sido maculada.
Quando o Xbox surgiu com conceitos parecidos, mas para um público diferente, com idéias diferentes. Na época em que o console da Microsoft surgiu, a banda larga não era tão difundida quanto hoje, então os consoles vinham ou poderiam ter um modem deial-up para fazer o intermédio entre o jogador e a rede, mas dificilmente seria algo considerado de alta qualidade, e que normalmente geraria experiencias bem inferiores ao que temos hoje em dia, já nesse ponto algo foi mudado, os jogadores estavam muito acostumados a jogar qualquer coisa em casa com os amigos, tanto que na época se popularizou muito a idéia de quatro pessoas jogando simultaneamente usando o mesmo console, algo que foi definido na época do Super Nintendo e enfatizado com o Nintendo 64, agora o que tudo isso significa? Transmutação de idéias, apenas neste ambito, o Atari permitia que duas pessoas jogassem o mesmo jogo com controles diferentes, mas um a cada vez, na minha infancia jogavamos “golzinho” que eu ou meu amio ficavamos no gol, e quando 4 bolas fossem defendidas nós trocavamos, isso motivado por falta de campo e gente pra jogar, o que no Atari funcionava devido a limitações de hardware/design. Posteriormente com Mega Drive/Super Nintendo, era muito comum que duas pessoas jogassem simultaneamente uma contra a outra, o que consumia muitas tardes da minha vida na pré-adolescencia em que faziamos uma roda com 10 garotos e quem vencia continuava jogando e quem perdia passava o controle, ainda passamos a bola para o próximo mas dessa vez 2 já podiam jogar simultaneamente! Naquela mesma época já existia a posibilidade de 4 pessoas jogarem simultaneamente, mas isso foi enfatizado na geração posterior, e posteriormente alguem pensou “ah, e se eu pudesse jogar com o meu amigo sem sair de casa?” isso já era comum nos computadores devido a falta de suporte a controle em muitos jogos e a existencia da internet na época, mas era incomum no console, e foi feito, e mais uma vez alguem disse “ah, ess ejogo é legal mas eu queria algo mais interessante e com mais pessoas” e bum! Mais uma mudança, a integração com a banda larga. Desculpem o exemplo nerd mas isso faz sentido para mim, tentemos com a roda. Uma pedra de certo formato rolava melhor, algumas pedras fram perfuradas e usada para auxiliar no transporte de coisas pesadas, percebeu-se que o formato esférico era um melhor para rolagem e que não era necessárias pedras mas “rodas”, pessoas puxam corroças com rodas presas à sua base, as pessoas se cansavam demais “coloquem os animais no nosso lugar”, os animais aonda se cansavam “coloquem uma maquina para dar tração, essa roda permite muita velocidade isso já pode nos lançar bem alto, e se unissemos isso à asas “nasce o avião”.
Podemos ter feito duas viagens cansativas, mas veja, nos dois casos anteriores a aceitação foi maior porque algo foi melhorado ou adicionado à idéia anterior, se alguém tem uma boa ideia isso é muito bom, mas se você pudesse mudar algo o que faria? Talvez os inventores não sejam criadores e sim, “melhoradores”.
Influenciador de tudo aquilo ligado a humanidade tanto quanto a politica e a religião…pensando bem até mais, o amor ou a falta dele muitas vezes é a força motriz, para tudo, desde o amor à aventura que faz um homem levar algumas naus até lugares desconhecidos do globo, até uma pessoa que mata a si mesma e a pessoa “amada” para que ambos não possam viver separados.
Atualmente existe uma linha, não diria de pensamento, ou filosófica, mas de pessoas que começam a acreditar num amor que possa ser dividido igualmente entre duas ou talvez mais pessoas, mas não falo do amor fraternal de irmãos ou de amigos, nem mesmo do amor que temos aos nossos pais, mas do eros o amor por um parceiro(a). Com tanta gente anunciando aos quatro ventos que não existe um parceiro(a) ideal, que ou a pessoa ideal, está casada, enamorada, morta, distante ou possui outra orientação sexual, a suposta solução poderia simplesmente desapegarmo-nos de nossos conceitos monogâmicos e abraçar a possibilidade de nos relacionar com mais de uma única pessoa.”Uhulll alegria, é todo mundo de todo mundo”, é o que muitos diriam sobre uma relação poligâmica, mas invariavelmente não segue nessa direção, pois saímos do campo de ter uma “outra pessoa” às escuras, sem que nenhum dos companheiros saiba que temos outra pessoa, ou mesmo que estes saibam da outra pessoa, mas que ele possam coexistir no mesmo ambiente de uma forma amistosa, de uma maneira coletiva, não para fazer um ménage todas as noites (nada impede, mas se esse for o objetivo talvez não seja amor o nome do sentimento motivador), mas porque um dos membros tem a necessidade de estar próximo das pessoas amadas.
Atualmente temos uma legislação que criminaliza uma relação não monogâmica, o que é adequado em qualquer país que não seja laico, até mesmo causando estranheza a mim porque este tipo de restrição existe em países em que a politica é fortemente influenciada pela religião, mas invariavelmente este é um tipo de relação que transita entre o caótico, “pecaminoso” e solucionador de problemas. Pense em todos os problemas que você tem com uma namorada, com as TPMs, os chiliques e o consumismo, ou pense naquele mané que passa o domingo inteiro vendo/falando/jogando futebol ou algo que o valha, e ainda aparece regularmente para te tirar do sério, elevar essas situações ao quadrado não parece um bom negócio para ninguém. Outro caso, você tem vontade de fazer sexo, mas seu companheiro (a), não está afim/disposto/animado, você tem a outra pessoa J ou se todos estamos dispostos teremos um maravilhoso ménage, pense em ganhar um presente e você terá o dobro, pense naquele momento depois do sexo em que alguém dormiu e/ou queremos conversar, teremos muito assunto ou alguém pra conversar, se falta alguém que valha a pena aí fora, essa pessoa também poderia valer a pena para você. Mas invariavelmente, essa relação não seria bem vista porque foge da rotina e do comum, muitas vezes vocês serão os últimos sobreviventes de Sodoma, apenas por amar demais, almoço em família, estranho, talvez você tenha o seu pequeno paraíso, mas é bem provável que este paraíso seja totalmente privado, se você encarava ciúmes duplique isso na maior parte do dia e octuplique em situações atípicas, e ainda assim pode ser só o começo.
Existem diversos caminhos, algumas pessoas podem trilhar apenas um, outras podem trilhar alguns deles, como seria trilhar esse caminho com alguém te dando apoio e amparo após cada queda? E como seria ter pessoas ao seu redor que pudessem lhe ajudar a se reerguer a cada queda? Os caminhos podem ser diferentes, ou os percursos diferentes, se bem acompanhado no poliamor você pode estar vivendo praticamente uma utopia, mas será muito mais tempo dedicado a conhecer pessoas que talvez você nunca conheça, uma só seria mais fácil, e, se o dito popular diz antes só do que mal acompanhado, ter duas pessoas inadequadas perto de você não irá só joga-lo para baixo, mas também jogar algumas pás de terra. No final das contas eu não disse nada, mas é como uma filosofia, pode ser tudo o que precisamos para completar nossa existência, ou uma ideia estupida que deveria ser no mínimo ignorada.